segunda-feira, 22 de março de 2010

Diet, Light e ‘Zero’

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Os apelos para produtos diet, light e “zero” estão cada vez mais agressivos. São prateleiras abarrotadas de barras de cereais, chocolates, biscoitos, massas, leites, gelatinas, sucos, entre outros alimentos, que prometem milagres, desde emagrecer ou manter a forma a cuidados com a saúde. Porém, algumas pessoas nem sequer sabem diferenciar ou escolher o mais adequado.
Para quem quer emagrecer, por exemplo, os produtos light são os mais indicados. Eles oferecem menos calorias que os alimentos convencionais, pois precisam apresentar redução mínima de 25% de teor de gordura ou carboidratos de determinado nutriente.
Mesmo assim, há ressalvas. “O fato dos produtos serem light não significa que estão isentos de calorias e que possam ser consumidos sem restrições. Tudo depende de qual nutriente teve sua quantidade reduzida. É o caso do sal light, que apresenta pequenas quantidades de sódio, um nutriente que não interfere na quantidade de calorias do alimento”, explica a nutricionista Julyanna Célico, especializada em nutrição esportiva.
Os alimentos diet, por sua vez, são destinados a pessoas com restrições nutricionais, como os diabéticos. De acordo com a nutricionista Ana Junqueira, eles restringem totalmente um ingrediente ou nutriente destinado a um alimento. Os consumidores de produtos diet normalmente apresentam condições metabólicas ou fisiológicas específicas. Precisam de alimentos especialmente formulados, que eliminam ou substituem componentes como o açúcar (diabéticos) e o sal (hipertensos).
“Uma especial atenção deve ser dada ao chocolate que se diz diet. Ele realmente não contém açúcar, mas a quantidade de gorduras é muito grande e a pessoa estará ingerindo mais que o dobro das calorias que teria na proporção de gordura e açúcar”, explica Ana. Julyanna acrescenta que a quantidade do alimento consumido não deve ser aumentada por se tratar de um produto que apresenta baixas calorias, por exemplo. “Frequentemente, ocorre o erro de se ingerir o dobro do habitual por ser um alimento diet ou light, mas, dificilmente, há a redução de 50% das calorias nesses alimentos.”
Produtos diet produzidos no Brasil, lembra Julyanna, apresentam no rótulo as expressões: “sem”, “isento de”, “não contém”, entre outras. A também nutricionista Sandra Reis, especialista em psicodrama, ressalta que alguns destes produtos, sejam eles light ou diet, são contra-indicados em determinados momentos. Os adoçantes não são indicados, por exemplo, na gestação. “O ideal é que esses alimentos sejam ingeridos somente para quem realmente tem necessidade, como nas desordens metabólicas. Sempre é recomendável a ingestão de alimentos naturais, ricos em nutrientes e adequados em calorias.”


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