terça-feira, 16 de junho de 2009

Diferenças


"Ame com toda a intensidade do seu coração que, se mesmo por engano for parar no Inferno, o próprio demônio o trará de volta ao Paraíso.”
Li essa frase em algum texto do site www.metaforas.com.br. Tentei encontrá-lo para citação, mas não o achei. Esse trecho vem bem a calhar com algumas ideias que vivem rondando minha mente.
Tenho observado que, como diz meu amigo Marcus Túlio, “Nada nem sempre é boa coisa.”. Tudo deve ser feito, analisado e sentido com moderação. É aquela velha história: tudo demais é sobra.
Nem sempre amar é a certeza do Paraíso. As pessoas são únicas, o que vale dizer que cada uma pensa, sente e vive de um jeito próprio. A visão de mundo varia, bem como a forma de vida. Compreender essa diferença é essencial. No entanto, é preciso que se entenda o fato de que tudo tem limites. O ser humano também. Compreender nem sempre é possível ou mesmo o melhor a ser feito.
Levando isso em consideração, temos que conviver com inúmeras diferenças de concepções. Nem todos gostam de sempre compreender ou serem compreendidos, amar ou serem amados. Há aqueles que possuem seu jeito próprio de fazê-los e qualquer coisa diferente disso sofre uma espécie de preconceito, por parte deles próprios ou da sociedade em que vivem.
A questão é: viva e ame com toda a intensidade do seu coração, porém não espere o Paraíso por isso. Não se esqueça de que o conceito de Paraíso também sofre diferenciações de acordo com a personalidade e visão de cada ser humano.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

AVENTURA SOLITÁRIA

Viver é uma aventura muito perigosa e muito difícil também. Por mais que planejemos nossas investidas, nossos sonhos e fantasias, a realidade se torna muito diferente do imaginado. E, de repente, percebemos que tudo o que pensávamos poder viver fora apenas delírios de uma mente sonhadora.

Viver é arriscar. E nem sempre ganhamos; ou melhor, quase nunca ganhamos aquilo que gostaríamos de ter. Muitas vezes, nos vemos obrigados a nos contentar com aquilo que nos chega às mãos, mesmo depois de muito esforço e dedicação da nossa parte.

Encontramos diante de nossas mentes o inesperado questionamento: até que ponto vale a pena dedicarmo-nos à Vida?

Procuramos dar sentido à existência e, quando pensamos ter conseguido pelo menos encontrar o elo que nos levará à construção de nossa felicidade, descobrimos que todo o percurso percorrido nos levou ao mesmo ponto de partida: à busca de nosso 'eu'. Quem sou? Por que estou aqui? O que devo fazer? Como devo agir?

Atentemo-nos para a presença da primeira pessoa 'eu', explicada pelo fato de que sempre seremos nós e nós mesmos. Não podemos esperar que o mundo nos auxilie, que as pessoas nos acompanhem. Devemos construir, com nossos próprios pés, o caminho que devemos trilhar. Esperar pelo apoio externo pode nos levar a caminhos muito doloridos, à mais tombos e machucados. A aventura da vida pode se tornar muito mais perigosa. No entanto, algumas pessoas insistem em nos acompanhar em nossos caminhos. Isso tem seu lado positivo, é claro. Só precisamos ter a consciência de que essa presença não deve ser encarada como uma muleta de apoio, muito menos como um 'quite de primeiros-socorros' para os momentos de fraqueza e necessidade. Devemos tê-la apenas como uma delicada e aconchegante energia que, em qualquer situação, é capaz de nos aquecer com sua luz.